O homem que estava a escrever num papiro o fazia com um estranho ar. Não era um simples homem e nem mesmo um poeta, parecia ser um homem que estava além da condição humana, acima dos mortais! Era como se aquele corpo já não suportasse mais o seu espírito.
O Peregrino vendo aquele ser desperto, viu das sombras saindo uma divindade sob uma forma humana, mas sem rosto e com um grande manto negro. O homem percebeu sua chegada e acabou o que escrevia no papiro.
O Peregrino sabia que ambos fariam uma bela dança naquela noite, e que a sabedoria iria ser o objectivo.
O andarilho do vidro se pôs a observar atento, pois até mesmo uma simples palavra desse diálogo, poderia ter um grande peso para quem lesse nas entrelinhas!
Homem:
A última palavra foi escrita,
O papiro não mais me servirá!
O momento de minha ida
Sinto que está no ar.
Morte:
Aceitas bem a tua sina,
Não possui arrependimento?
Homem:O único que eu tinha
Era de não aceitar este momento!
Morte:
Sabeis de onde vim?
Minha real identidade?
Homem:Vens de antes da criação
De toda a humanidade.
Morte:
Sabeis onde estarei
Depois que tudo acabar?
Homem:Esperando um novo mundo
Para então recomeçar!
Morte:
És um homem que conhece
Muito além do permitido!
Pelos olhos se percebe
Que conhece o seu destino.
A Gnose do caído
Resplandece em teu frontal!
És então um ser divino
Preso no corpo carnal.
Homem:Sou um sábio nessa vida
A fazer o meu papel,
Sou aquele que ensina
Como levantar o véu.
Morte:
Não escolho, sou ligeira,
Passo bem veloz a foice!
Homem:Não hesite, não demore,
Quero ir ind’essa noite!
Morte:
Por que queres tão depressa
Minha mão em teu coração?
As pessoas que te prezam
Tristes não ficarão?
Homem:Quando vimos somos pranto
E de sorrisos é o mundo,
Quando vamos todos choram
E sorrimos no oculto.
Morte:
Não sabeis o que te espera
No momento de morrer!
Homem:Não hesite, não demore,
Quero hoje perecer!
Morte:
Não te apressas, olha o fado
Dos mitos dos mortais!
Homem:Se existe tais tormentos
Então existe os bacanais!
Morte:
E se ao passar-lhe a foice
For sofrimento a eternidade?
Homem:O mistério não é doce,
É do universo a realidade!
Morte:
Não escolho, sou ligeira,
Sou mentira e sou verdade!
Seja virgem ou rameira,
Deixo todos na igualdade!
O meu toque não aquece!
Vou cumprir com tua sina!
Homem:Não demore! Se apresse
Antes que apareça o dia!
Leonardo Dognani
24/12/2008
opa!
ResponderEliminardesculpe a demora em responder. Muito atarefado ultimamente.
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Gostaria de agradecer seu comentário lá na Floresta de Concreto e os elogios =)
Fico Lisonjeado q tenha postado algo meu no seu blog e mais ainda em citar as fontes ;)
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Achei bem legal algumas coisas no seu blog hahaha
como a morte p pastror "com licensa" hahahaha
xD
e a do rei do pop =p
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obrigado, e volte sempre que quiser^^
abraços.
Assim farei.
ResponderEliminarUm abraço amigo :)
Corrigindo uns detalhes:
ResponderEliminar"Achei bem legal algumas coisas no seu blog hahaha
como a morte p pastror "com licensa" hahahaha
xD
e a do rei do pop =p "
Além das "carinhas" ridículas que usei, não faço idéia do que seja o rei do pop, e a do pastor é fraca demais.
Um adendo: O seu blog deveria ter mais atenção no layout e nas propagandas ridículas.
deveria refazê-lo, principalmente com outra temática. Não gostei do blog.
sem mais,
Leonardo Dognani